Dr. Carlos Mattos – Por ser uma articulação propensa a sair do lugar, a instabilidade do ombro é comum, podendo ser traumática ou atraumática. Traumática é quando ocorre durante a prática esportiva ou em acidente automobilístico, e atraumática, quando é o caso de frouxidão dos ligamentos e de lesões prévias.
A instabilidade acontece quando o ombro sai do lugar, fazendo com que a glenoide e a cabeça do úmero percam contanto. Dependendo do caso, além de luxação, pode haver danos aos tendões e ligamentos.
Um dos principais sintomas é a dor intensa. O paciente também pode apresentar fraqueza muscular, inchaço e deformação da articulação.
Entre atletas, a instabilidade é frequente em arremessadores praticantes de esportes competitivos e de esportes de contato, como vôlei, basquete, boxe e jiu-jitsu. Mesmo em esportes sem contato, mas que exigem grande movimentação do ombro, como natação e tênis, pode ocorrer a instabilidade.
O ombro pode sair do lugar em sentidos diferentes: para trás, para baixo e para frente, a forma mais comum, que responde por cerca de 90% dos casos.
Chamado também de instabilidade anterior do ombro, o deslocamento para a frente é caracterizado por uma luxação em que o úmero sai do lugar, deslocando-se para a frente do corpo.
Para o diagnóstico de instabilidade, é preciso conhecer a história clínica do paciente e fazer exames físico e de imagem.
Tratamento
De acordo com o grau da lesão, fazemos a redução, colocando o ombro no lugar, e avaliamos a necessidade de cirurgia, pois muitas vezes pode ocorrer junto com o deslocamento o rompimento ligamentar.
Na instabilidade, independentemente de cirurgia, o fortalecimento muscular contínuo é muito importante para evitar novas lesões.
Em caso de sintomas, procure um ortopedista especialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo!
Dr. Carlos Mattos é ortopedista, especialista em Cirurgia do Ombro e Lesões Esportivas, Chefe do Departamento de Ortopedia da PUC-Campinas e Diretor Clínico do Hospital PUC-Campinas.