A entorse de tornozelo, como a ocorrida com o jogador Neymar na Copa, é um problema bem comum no futebol e também pode acontecer com qualquer pessoa que venha a perder o equilíbrio, pisar em um buraco ou quebrar o salto alto do sapato.
O tornozelo dá uma virada para dentro e é isso que provoca a lesão. Quando o tornozelo vira para dentro chamamos de entorse de inversão, que é o tipo mais comum. Quando é para fora, o nome é entorse de eversão.
Os sintomas são dor, edema, hematoma no local, decorrente do vazamento interno do sangue, e dificuldade para caminhar ou fazer os movimentos laterais com o pé.
Classificamos as entorses de tornozelo de grau 1 (mais leve), 2 (médio, lesão ligamentar parcial) e 3 (grave, lesão ligamentar completa). Quando ocorre o rompimento de algum ligamento, é comum a pessoa sentir um estalo na hora da torção.
Para diagnosticar uma entorse e eliminar dúvidas em relação a fraturas, é necessário um raio-x.
O tratamento depende do grau da lesão. Inicialmente baseia-se em repouso e aplicações de compressas de gelo, elevação do membro afetado e proteção articular com imobilizador. O uso de anti-inflamatórios e a fisioterapia pode auxiliar já no período inicial do tratamento.
Nas lesões leves os sintomas duram, no máximo, entre uma e duas semanas. Já nas lesões completas, a proteção articular com imobilizadores semirrígidos são necessárias por tempo prolongado.
É muito importante tratar o problema para não progredir para dor crônica e instabilidade.
Dr. Carlos Mattos é ortopedista, especialista em Cirurgia do Ombro e Lesões Esportivas, Chefe do Departamento de Ortopedia da PUC-Campinas e Diretor Clínico do Hospital PUC-Campinas