Beach tennis vive um boom inédito e aumentam os casos de lesões

Dr. Carlos Mattos- Moda em condomínios, academias e clubes, o beach tennis vive um boom inédito no Brasil. É praticado no país inteiro e a Confederação Brasileira de Tênis (CBT) estima que o número de praticantes tenha quase triplicado nos últimos três anos, de 400 mil em 2021 para 1,1 milhão em 2023.

O Brasil também tem vários atletas da elite e se prepara para sediar a terceira Copa do Mundo de Beach Tennis consecutiva, em novembro de 2023. O país ganhou quatro Copas da modalidade, uma a menos do que a Itália, a maior vencedora.

O esporte é bastante democrático, pois permite crianças, jovens, adultos e idosos jogarem. É uma modalidade relativamente fácil, com poucos elementos técnicos complexos.

É uma ótima atividade aeróbica que contribui para o condicionamento cardiorrespiratório, além de outros benefícios, como:
• Desenvolve a coordenação motora
• Melhora a destreza
• Dá mais mobilidade
• Tonifica pernas, glúteos e braços
• Contribui para a saúde mental
• Melhora a concentração, o foco

Lesões mais comuns no beach tennis

Como todo esporte, vale estar atento às lesões e como preveni-las. No consultório tenho visto aumentar o número de pacientes com epicondilite lateral, ou cotovelo de tenista, uma lesão comum entre jogadores de beach.

Essa lesão consiste em algumas fissuras no tendão que tem como sintomas dor ou sensibilidade ao longo da parte externa do cotovelo e, em alguns casos, no braço todo. O tratamento é realizado através de repouso e uso de gelo no local lesionado, além de fisioterapia, se os sintomas persistirem.

Outra lesão comum entre praticantes de beach tennis é a lombalgia, que é o desconforto/dor na região da coluna lombar. Pode ser causada por “mau jeito” nos movimentos de saque e de agachamento e é intensificada pela instabilidade gerada pela areia.

Dicas para evitar lesões no beach tennis

Para evitar essas e outras lesões é fundamental realizar atividades físicas acompanhadas por profissionais e aprender a executar os movimentos do jogo corretamente sem sobrecarregar o corpo.

Em caso de sintomas, procure sempre um ortopedista especialista em medicina esportiva.

Dr. Carlos Mattos é ortopedista, especialista em Cirurgia do Ombro e Lesões Esportivas, Chefe do Departamento de Ortopedia da PUC-Campinas e Diretor Clínico do Hospital PUC-Campinas